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Modelagem de um curso por statecharts

Nesta atividade construiu-se um curso em HTML introdutório a statecharts para que, a partir desse protótipo, pudesse ser derivado um modelo genérico de cursos a distância. Como próximo passo, foi utilizada a ferramenta HySCharts (Turine, 1998) para simular o modelo instanciado para o curso de statecharts.

HySCharts é um protótipo de um ambiente de autoria e navegação de hiperdocumentos, desenvolvido com base em um modelo de especificação chamado HMBS (Hyperdocument Model Based on Statecharts) (Turine, 1998).

O ambiente HyScharts foi projetado especificamente para apoiar a criação, interpretação e execução de especificações de hiperdocumentos descritos segundo o modelo HMBS. O HyScharts foi desenvolvido como uma extensão do sistema StatSim (Statechart Simulator), um ambiente gráfico automatizado que visa a apoiar a validação de especificações descritas por meio de statecharts (Masiero et al., 1991).

HMBS adota a estrutura e a semântica operacional de statecharts (Harel, 1987; Harel et al., 1987) para especificar a estrutura organizacional e a semântica de navegação de hiperdocumentos grandes e complexos (Oliveira et al., 1996; Turine, 1998). Segundo o modelo, um hiperdocumento é formado por três tipos de objetos: estruturais, navegacionais e de apresentação. A estrutura organizacional do hiperdocumento definida pelo statechart subjacente possibilita especificar os objetos estruturais (estados, transições e eventos). Os objetos navegacionais -- páginas, ligações e âncoras -- definem a estrutura navegacional do hiperdocumento. Os canais definem os objetos de apresentação e são ativados para apresentar as informações contidas nas páginas durante a navegação. Desse modo, os estados do statechart são associados a porções de informação ou páginas. Os eventos contidos nos rótulos das transições representam respectivamente as âncoras que disparam as possíveis ligações entre as páginas, definindo dessa maneira os caminhos de navegação disponíveis ao leitor.

Curso de statecharts

A modelagem do curso de statecharts foi elaborada por meio do HySCharts. A Figura 2.13 mostra o modelo de mais alto nível, enquanto a Figura 2.14 exibe o modelo de um nível hierárquico inferior que detalha o estado ContdOn da Figura 2.13. Outros modelos, que decompõem alguns estados da Figura 2.14, estão disponíveis on-line2.2.

Figura 2.13: Modelo geral do curso sobre statecharts.
\includegraphics[width=\textwidth]{overview.eps}

Figura: Detalhamento do estado ``conteúdo do curso.''
\includegraphics[width=\textwidth]{contdOn.eps}

No curso, o menu inicial fica sempre visível no lado esquerdo. Enquanto na Figura 2.15 o lado direito contém a lista de todos os tópicos atualmente existentes no curso sobre statecharts, na Figura 2.16 este lado é preenchido pelo conteúdo do último tópico que, além de conter questões para avaliação formativa, armazena ligações para a unidade anterior e para o índice de tópicos mostrado na Figura 2.15.

Figura: Menu principal e dos tópicos do curso.
\includegraphics[width=.65\textwidth]{pagInicial.eps}

Figura: Detalhamento do conteúdo do curso: interface.
\includegraphics[width=.65\textwidth]{resumo.eps}

Considerações finais

Após a preparação do material didático, constatou-se que o HySCharts não é um componente adequado para o ambiente de cursos à distância; além disso, verificou-se que o HMBS é um modelo complexo para o domínio de EAD, principalmente porque a existência de muitos níveis hierárquicos pode dificultar a compreensão do modelo de curso. Apesar disso, a experiência de construção dos hiperdocumentos foi positiva e trouxe as seguintes contribuições: aperfeiçoamento no código-fonte do HySCharts; percepção das características que faltam no HySCharts para que ele se transforme futuramente em um sistema hipermídia aberto (Østerbye & Wiil, 1996); definição das funcionalidades necessárias para o ambiente, como avaliação personalizada e auto-avaliação; aprofundamento no estudo do HMBS e de outros modelos para especificação de hiperdocumentos; e identificação de recursos desenvolvidos em outras atividades do Projeto SAPIENS, como anotações, cadastro de participantes (aprendizes, instrutores e administrador) e mecanismos de colaboração, que poderão ser incorporados ao ambiente.


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Ivan Luiz Marques Ricarte 2001-03-16