2.2 Podemos identificar as relações conhecidas destes dados através de técnicas de visualização? Antes de visualizar as relações já conhecidas descritas no item 1.3 vamos eliminar alguns dos ruídos que podem nos atrapalhar na interpretação dos dados.
Vamos agora observar os gráficos de dispersão para as relações conhecidas: RndTrp: RndTrp = KPI1 + KPI2 + KPI3 + KPI4: Note
que, com exceção da KPI3, é possível perceber uma certa relação
entre as KPIs e o RndTrp. O fato da relação da KPI3 não aparecer
é justificável, pois a KPI3 é a unica que não depende de tempo da
rede, assim, possui tempos de 30 a 50 vezes menor que os tempos das
demais KPIs, explicando sua pouca ou quase nula expressão na resultante
RndTrp. Pudemos assim observar, através da visualização do gráfico de dispersão, as relações já conhecidas das KPIs e do RndTrp. KPI1: KPI1 = R-TonePlayTime - R-KeyPressTime + X Note que não foi possível observar as relações entre KPI1 e os outros parâmetros. Recorremos ao gráfico de glifos estrela para buscar alguma explicação para esta incoerência: Observamos
neste gráfico que um "leque" vai crescendo. Os atributos relacionados
ao "leque" são justamente os que mapeiam "tempo". O tempo mapeado tem
sua origem no momento em que o telefone é ligado (note que os telefones
foram ligados 4 vezes durante a coleta, fazendo com que o leque
desaparecesse 3 vezes no gráfico). Percebemos assim a necessidade de
converter os dados absolutos de tempo em dados relativos. Para
converter de forma correta temos que levar em conta as "constantes de
hardware" e as "constantes de sincronismo", lembrando que as constantes
de sincronismo podem variar de teste para teste. Constante de HW: Sendo KPI1 = [R-TonePlayTime] - [R-KeyPressTime] + Constante de HW, então: Constante de HW = KPI1 - ([R-TonePlayTime] - [R-KeyPressTime] ) consideremos 3 amostras: Constante de HW = 4444 - (100997 - 96553) = 0 Constante de HW = 1337 - (164102 - 162765) = 0 Constante de HW = 1205 - (2460788 - 2459583) = 0 Constatamos que as constantes de hardware não estavam sendo consideradas nestas amostras. Constante de Sincronismo: Sendo KPI2 = [L-RTPRecTime] - [R-RTPRecord] - Constante de Sincronismo Constante de Sincronismo = [L-RTPRecTime] - [R-RTPRecord] - KPI2 Calcularemos a constante de sincronismo para cada amostra. Vamos
utilizar como referência o primeiro dado de tempo de cada amostra, no
caso, R-KeyPressTime, lembrando que, para os dados do telefone 2, será
necessário utilizar a constante de sincronismo. Após a conversão dos dados o gráfico de glifos estrela ficou assim: É
possível notar agora que os glifos estão mais uniformes, e o "leque"
crescente desapareceu. Agora poderemos continuar nossas validações. Agora a relação fica evidente, lembrando que como R-KeyPressTime continua absoluto, não é possível relacioná-lo. KPI2: KPI2 = L-RTPRecTime - R-RTPRecord + X KPI3: KPI3 = L-TonePlayTime - L-KeyPressTime + X Neste
caso, como a KPI3 é composta apenas por tempos de processamento interno
do telefone, tanto L-KeyPressTime como L-TonePlayTime possuem valores
muito próximos, dificultando assim a observação da relação entre os
dados. KPI4: KPI4 = R-RTPRecTime - L-RTPRecord - X Aqui
também é possível identificar facilmente a relação entre KPI4 e
R-RTPRecTime, identificando este como possuindo o maior peso
na composição do valor da KPI4. |
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