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Definições

Um objeto é uma entidade do mundo real que tem uma identidade. Objetos podem representar entidades concretas (um arquivo no meu computador, uma bicicleta) ou entidades conceituais (uma estratégia de jogo, uma política de escalonamento em um sistema operacional). Cada objeto ter sua identidade significa que dois objetos são distintos mesmo que eles apresentem exatamente as mesmas caraterísticas.

Embora objetos tenham existência própria no mundo real, em termos de linguagem de programação um objeto necessita um mecanismo de identificação. Esta identificação de objeto deve ser única, uniforme e independente do conteúdo do objeto. Este é um dos mecanismos que permite a criação de coleções de objetos, as quais são também objetos em si.

A estrutura de um objeto é representada em termos de atributos. O comportamento de um objeto é representado pelo conjunto de operações que podem ser executadas sobre o objeto. Objetos com a mesma estrutura e o mesmo comportamento são agrupados em classes. Uma classe é uma abstração que descreve propriedades importantes para uma aplicação e simplesmente ignora o resto.

Cada classe descreve um conjunto (possivelmente infinito) de objetos individuais. Cada objeto é dito ser uma instância de uma classe. Assim, cada instância de uma classe tem seus próprios valores para cada atributo, mas dividem os nomes dos atributos e métodos com as outras instâncias da classe. Implicitamente, cada objeto contém uma referência para sua própria classe -- em outras palavras, ele sabe o que ele é.

Polimorfismo significa que a mesma operação pode se comportar de forma diferente em classes diferentes. Por exemplo, a operação move quando aplicada a uma janela de um sistema de interfaces tem um comportamento distinto do que quando aplicada a uma peça de um jogo de xadrez. Um método é uma implementação específica de uma operação para uma certa classe.

Polimorfismo também implica que uma operação de uma mesma classe pode ser implementada por mais de um método. O usuário não precisa saber quantas implementações existem para uma operação, ou explicitar qual método deve ser utilizado: a linguagem de programação deve ser capaz de selecionar o método correto a partir do nome da operação, classe do objeto e argumentos para a operação. Desta forma, novas classes podem ser adicionadas sem necessidade de modificação de código já existente, pois cada classe apenas define os seus métodos e atributos.

No mundo real, alguns objetos e classes podem ser descritos como casos especiais, ou especializações, de outros objetos e classes. Por exemplo, a classe de computadores pessoais com processador da linha 80x86 é uma especialização de computadores pessoais, que por sua vez é uma especialização de computadores. Não é desejável que tudo que já foi descrito para computadores tenha de ser repetido para computadores pessoais ou para computadores pessoais com processador da linha 80x86.

Herança é o mecanismo do paradigma de orientação a objetos que permite compartilhar atributos e operações entre classes baseada em um relacionamento hierárquico. Uma classe pode ser definida de forma genérica e depois refinada sucessivamente em termos de subclasses ou classes derivadas. Cada subclasse incorpora, or herda, todas as propriedades de sua superclasse (ou classe base) e adiciona suas propriedades únicas e particulares. As propriedades da classe base não precisam ser repetidas em cada classe derivada. Esta capacidade de fatorar as propriedades comuns de diversas classes em uma superclasse pode reduzir dramaticamente a repetição de código em um projeto ou programa, sendo uma das principais vantagens da abordagem de orientação a objetos.


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Ivan Luiz Marques Ricarte 2001-06-01