Tópicos em Engenharia
de Computação V
Formatos de Documentos
e Dados na WEB - XML
Grupo C3
1-
Introdução
2- Aplicação
do XML em Educação
3- Vantagens
do XML versus Restrições do HTML
3.1
- Criação de marcadores personalizados
3.2
- Independência de plataforma
3.3
- Processamento no Cliente
4- Conclusão
5-
Bibliografia
1
- Introdução
Como toda evolução, a expansão da WWW tem nos mostrado
quantas limitações de tecnologia temos que superar, para
que todas as funcionalidades desejadas pelos usuários possam realmente
serem implementadas na Web.
A linguagem SGML (Standard Generalized Markup Language) é um padrão
adotado em 1986 para definição de formatos de documentos,
permitindo a criação de marcadores (TAGs) e a definição
do significado estrutural de cada um deles dentro da elaboração
e publicação de um documento.
HTML (Hypertext Markup Language) é um derivado da SGML. Ela é
um conjunto de marcadores pré-determinados para uso em hipertextos,
multimídia, e simples documentos amplamente utilizados para publicações
na Web. Apesar de sua grande popularização, o HTML contém
várias restrições, devido principalmente a essa predeterminação
de seus marcadores.
Com uma tentativa de cobrir essas restrições, surgiu o XML
(Extensible Markup Language), uma nova linguagem que fornece funcionalidades
superiores às fornecidas pelo HTML. Algumas dessas funcionalidades,
aplicadas em educação, serão discutidas nesse trabalho.
2
- Aplicação do XML em Educação
Um exemplo de aplicação do XML em educação
pode ser a realização de uma "prova virtual".
O objetivo dessa aplicação é avaliar o conhecimento
do aluno. Os atores desse cenário são os alunos e os instrutores.
A tarefa do aluno é responder uma série de questões
em um determinado período de tempo, demonstrando seu conhecimento
sobre o assunto.
Ao instrutor cabe a preparação da base de dados com as questões
a serem aplicadas e a avaliação das respostas.
O teste deve verificar a identificação do aluno através
de seu RA e senha, fornecer a seqüência de questões contabilizando
o tempo para sua resposta, fornecer ferramentas de auxílio para
os alunos, como construtores de gráficos, processadores de equações,
calculadoras e armazenar os resultados de cada aluno na base de dados para
uma possível consulta posterior.
3
- Vantagens do XML versus Restrições do HTML
A possibilidade de uma aplicação como a descrita anteriormente
é facilitada pela introdução de características
que a XML oferece, enquanto que o HTML se restringe a "TAGs" pré-definidos.
3.1 - Criação de marcadores personalizados
O acesso à base de dados é facilitado com a definição
de marcadores relacionados aos campos contidos na base. Em uma aplicação
voltada à educação, informações como
nome do aluno, disciplina e nota são amplamente utilizadas. A definição
de marcadores personalizados como <ALUNO>, <DISCIPLINA> e <NOTA>,
além de facilitar a troca de dados entre a base e a aplicação,
facilita também a criação e entendimento desta.
O HTML sendo uma linguagem onde os marcadores são pré-definidos,
não permite a criação de novos marcadores, restringindo
muito a sua utilização em aplicações mais específicas.
O XML fornece a possiblidade de criação de um conjunto personalizado
de marcadores que se relacionam com a aplicação em questão
e com a base de dados acessada por ela.
3.2 - Independência de plataforma
Como o teste é aplicado remotamente, o aluno pode acessá-lo
de sua casa, do trabalho ou outro lugar, podendo usar qualquer tipo de
plataforma como cliente Web.
A representação dos dados contidos na base deve ser independente
do tipo de plataforma utilizada pelo aluno, para possibilitar o acesso
por uma variedade de aplicações distribuídas.
Essa é mais uma restrição do HTML que o XML torna
possível. O HTML depende da plataforma utilizada pelo cliente para
acessar as informações e para obter dados da base de dados.
A manipulação dos dados no XML é independente de plataforma,
versões e software, possibilitando ao cliente o acesso aos dados
sem nenhuma preocupação.
3.3 - Processamento no Cliente
A realização de processamento de um grande número
de informação no servidor acaba por comprometer a performance
do sistema como um todo. A divisão do processamento com o cliente
Web é uma forma de otimizar o sistema aliviando a carga do servidor.
O servidor deve apenas ter a função de fornecer os dados
armazenados. O processamento desses dados deve ser elaborado no cliente.
Para que este processamento aconteça, muitas vezes é necessária
a troca contínua de informações entre cliente e servidor.
Apesar de já ser possível o processamento de alguns dados
no cliente com applets em Java nas conexões estabelecidas com HTML,
após o envio dos dados, a conexão é desfeita e é
necessária a realização de uma nova conexão
a cada troca de informação.
Nos sites abaixo, podemos encontrar alguns exemplos de applets Java voltados
para educação que já existem, mas que possuem as restrições
de uso impostas pelo HTML.
http://www.developer.com/directories/pages/dir.java.educational.html
http://java.sun.com/applets/js-applets.html
Através do XML é possível estabelecer uma conexão
constante com o servidor para haver a troca de dados contínua entre
cliente e servidor. Além de permitir o processamento de dados complexos
no próprio cliente.
Esse tipo de aplicação num teste virtual, torna possível
por exemplo a elaboração de vários gráficos
com os dados da questão para que o aluno obtenha sua resposta final
ou a execução de cálculos matemáticos em uma
calculadora fornecida pela própria aplicação.
4
- Conclusão
O XML procura ser uma linguagem mais completa e de uso mais amplo que o
HTML, eliminando as complexidades existentes na elaboração
de documentos com SGML.
Apesar da grande popularidade do HTML pela sua simplicidade e dos inúmeros
softwares disponíveis no mercado para sua edição,
o XML tende a se tornar uma linguagem bastante difundida entre aplicações
científicas, comerciais e voltadas à educação.
Desta maneira, procuramos demonstrar algumas das flexibilidades que o XML
oferece, em comparação com as restrições impostas
pelo HTML em aplicações distribuídas entre clientes
e servidores Web.
5
- Bibliografia
XML, Java,
and the future of the Web
Jon Bosak
Sun Microsystems,
Last revised 1997.03.10
Extensible
Markup Language (XML): Part 2. Linking
Tim Bray,
Steve DeRose
W3C Working
Draft, July-31-97
Produção
de documentos para a World-Wide Web
Ivan
Luiz Marques Ricarte
Apostila
de curso, DCA/FEEC/UNICAMP, 1997