Tópicos em Engenharia de Computação V

Formatos de Documentos e Dados na WEB - XML

 

Grupo C3

Carlos Augusto Fernandes Dagnone RA 932034
Marcelo Morandini   RA 880564
Marcia de Fátima Pimenta  RA 984229 
Maria Flávia Cunha de Figueiredo Torres RA 974430 (redatora)
 


1- Introdução

2- Aplicação do XML em Educação

3- Vantagens do XML versus Restrições do HTML
    3.1 - Criação de marcadores personalizados
    3.2 - Independência de plataforma
    3.3 - Processamento no Cliente

4- Conclusão

5- Bibliografia


1 - Introdução

        Como toda evolução, a expansão da WWW tem nos mostrado quantas limitações de tecnologia temos que superar, para que todas as funcionalidades desejadas pelos usuários possam realmente serem implementadas na Web.
        A linguagem SGML (Standard Generalized Markup Language) é um padrão adotado em 1986 para definição de formatos de documentos, permitindo a criação de marcadores (TAGs) e a definição do significado estrutural de cada um deles dentro da elaboração e publicação de um documento.
        HTML (Hypertext Markup Language) é um derivado da SGML. Ela é um conjunto de marcadores pré-determinados para uso em hipertextos, multimídia, e simples documentos amplamente utilizados para publicações na Web. Apesar de sua grande popularização, o HTML contém várias restrições, devido principalmente a essa predeterminação de seus marcadores.
        Com uma tentativa de cobrir essas restrições, surgiu o XML (Extensible Markup Language), uma nova linguagem que fornece funcionalidades superiores às fornecidas pelo HTML. Algumas dessas funcionalidades, aplicadas em educação, serão discutidas nesse trabalho.
 

2 - Aplicação do XML em Educação

        Um exemplo de aplicação do XML em educação pode ser a realização de uma "prova virtual".
        O objetivo dessa aplicação é avaliar o conhecimento do aluno. Os atores desse cenário são os alunos e os instrutores.
        A tarefa do aluno é responder uma série de questões em um determinado período de tempo, demonstrando seu conhecimento sobre o assunto.
        Ao instrutor cabe a preparação da base de dados com as questões a serem aplicadas e a avaliação das respostas.
        O teste deve verificar a identificação do aluno através de seu RA e senha, fornecer a seqüência de questões contabilizando o tempo para sua resposta, fornecer ferramentas de auxílio para os alunos, como construtores de gráficos, processadores de equações, calculadoras e armazenar os resultados de cada aluno na base de dados para uma possível consulta posterior.
 

3 - Vantagens do XML versus Restrições do HTML

        A possibilidade de uma aplicação como a descrita anteriormente é facilitada pela introdução de características que a XML oferece, enquanto que o HTML se restringe a "TAGs" pré-definidos.
 

    3.1 - Criação de marcadores personalizados

        O acesso à base de dados é facilitado com a definição de marcadores relacionados aos campos contidos na base. Em uma aplicação voltada à educação, informações como nome do aluno, disciplina e nota são amplamente utilizadas. A definição de marcadores personalizados como <ALUNO>, <DISCIPLINA> e <NOTA>, além de facilitar a troca de dados entre a base e a aplicação, facilita também a criação e entendimento desta.
        O HTML sendo uma linguagem onde os marcadores são pré-definidos, não permite a criação de novos marcadores, restringindo muito a sua utilização em aplicações mais específicas.
        O XML fornece a possiblidade de criação de um conjunto personalizado de marcadores que se relacionam com a aplicação em questão e com a base de dados acessada por ela.
 

    3.2 - Independência de plataforma

        Como o teste é aplicado remotamente, o aluno pode acessá-lo de sua casa, do trabalho ou outro lugar, podendo usar qualquer tipo de plataforma como cliente Web.
        A representação dos dados contidos na base deve ser independente do tipo de plataforma utilizada pelo aluno, para possibilitar o acesso por uma variedade de aplicações distribuídas.
        Essa é mais uma restrição do HTML que o XML torna possível. O HTML depende da plataforma utilizada pelo cliente para acessar as informações e para obter dados da base de dados.
        A manipulação dos dados no XML é independente de plataforma, versões e software, possibilitando ao cliente o acesso aos dados sem nenhuma preocupação.
 

    3.3 - Processamento no Cliente

        A realização de processamento de um grande número de informação no servidor acaba por comprometer a performance do sistema como um todo. A divisão do processamento com o cliente Web é uma forma de otimizar o sistema aliviando a carga do servidor. O servidor deve apenas ter a função de fornecer os dados armazenados. O processamento desses dados deve ser elaborado no cliente.
        Para que este processamento aconteça, muitas vezes é necessária a troca contínua de informações entre cliente e servidor. Apesar de já ser possível o processamento de alguns dados no cliente com applets em Java nas conexões estabelecidas com HTML, após o envio dos dados, a conexão é desfeita e é necessária a realização de uma nova conexão a cada troca de informação.
        Nos sites abaixo, podemos encontrar alguns exemplos de applets Java voltados para educação que já existem, mas que possuem as restrições de uso impostas pelo HTML.

        http://www.developer.com/directories/pages/dir.java.educational.html
        http://java.sun.com/applets/js-applets.html

        Através do XML é possível estabelecer uma conexão constante com o servidor para haver a troca de dados contínua entre cliente e servidor. Além de permitir o processamento de dados complexos no próprio cliente.
        Esse tipo de aplicação num teste virtual, torna possível por exemplo a elaboração de vários gráficos com os dados da questão para que o aluno obtenha sua resposta final ou a execução de cálculos matemáticos em uma calculadora fornecida pela própria aplicação.
 

4 - Conclusão

        O XML procura ser uma linguagem mais completa e de uso mais amplo que o HTML, eliminando as complexidades existentes na elaboração de documentos com SGML.
        Apesar da grande popularidade do HTML pela sua simplicidade e dos inúmeros softwares disponíveis no mercado para sua edição, o XML tende a se tornar uma linguagem bastante difundida entre aplicações científicas, comerciais e voltadas à educação.
        Desta maneira, procuramos demonstrar algumas das flexibilidades que o XML oferece, em comparação com as restrições impostas pelo HTML em aplicações distribuídas entre clientes e servidores Web.
 

5 - Bibliografia

    XML, Java, and the future of the Web
    Jon Bosak
    Sun Microsystems, Last revised 1997.03.10

    Extensible Markup Language (XML): Part 2. Linking
    Tim Bray, Steve DeRose
    W3C Working Draft, July-31-97

    Produção de documentos para a World-Wide Web
    Ivan Luiz Marques Ricarte
    Apostila de curso, DCA/FEEC/UNICAMP, 1997