Resumo
Este trabalho tem como tema
a padronização no que se refere ao ferramental, a terminologia
e aos serviços que talvez devessem ser disponibilizados em um ambiente
educacional. Comenta de maneira sucinta os grupos do IEEE - P1484 Learning
Technology Standards Committee (LTSC) que tratam desse assunto
e apresenta com maiores detalhes o estudo de caso baseado no grupo P1484.1
Architecture and Reference Model Working Group. Tomando como base o
Modelo de Referência colocado por esse grupo, este trabalho apresenta
um exemplo de modelagem.
1.) Introdução
O desenvolvimento da padronização
no ambiente educacional é prática recomendável, tendo
como objetivo desenvolver, capacitar e habilitar a existência de
ferramentas e serviços de informação para serem desenvolvidos
com a finalidade de utilização no ensino.
Pode-se colocar que tal padronização especificará um modelo de referência e arquitetura para sistemas baseados em Computer Aided Instruction (CAI), utilizando a aplicação de softwares como Intelligent Learning Environment (ILE) e Intelligent Tutoring System (ITS).
Não se pode esquecer a necessidade de padronização da terminologia utilizada, de modo que:
Estes grupos têm por objetivo o desenvolvimento de padrões, de linhas mestras e recomendar práticas comuns para a área do aprendizado baseado em computador, com a finalidade de capacitar ferramentas, desenvolver courseware, informações e serviços que seriam utilizados como base para os projetos implementados nesta área.
O quadro abaixo especifica
quais são os grupos de estudo:
P1484.1 Architecture and Reference Model Working Group |
P1484.2 Learner Model Working Group |
P1484.3 Glossary Study Group |
P1484.4 Task Model Working Group |
P1484.6 Session Management Working Group |
P1484.7 Tool/Agent Communication Working Group |
P1484.10 CBT Interchange Language Working Group |
P1484.11 Computer Managed Instruction Working Group |
P1484.12 Learning Objects and Metadata Working Group |
P1484.13 Student Identifier Study Group |
P1484.1 Architecture and Reference Model Working Group
Especifica um modelo de
referência/arquitetura para sistemas de instrução baseado
em computador, especificamente incluindo a necessidade de um ambiente inteligente
de aprendizado e um sistema tutorial inteligente.
P1484.2 Learner Model Working Group
Especifica a sintaxe e a
semântica de um Learner Model, o que caracterizará o estudante,
contendo seus conhecimentos e habilidades. Deveria permitir diferentes
visões do modelo (alunos, professores, pais, empregadores, etc)
e, ainda, discutir tarefas de privacidade e segurança.
P1484.3 Glossary Study Group
Desenvolver definições
padrão para todos os termos na área do aprendizado baseado
em computador.
P1484.4 Task Model Working Group
Este padrão especifica
a sintaxe e a semântica de um Task Model, que caracterizará
todos os aspectos estáticos de um projeto, incluindo a descrição
das tarefas, os pré-requisitos necessários, funções
dos membros, cronograma, recursos, objetivo do aprendizado, transmissão
e taxação.
P1484.6 Session Management Working Group
Especificar uma linguagem
e um ambiente para o gerenciamento da tecnologia do sistema de aprendizado,
ou seja, instrução auxiliada por computador, ambiente de
aprendizado inteligente e sistema tutorial inteligente.
P1484.7 Tool/Agent Communication Working Group
Consiste na aplicação
de uma (ou mais) ferramentas do usuário de um (ou mais) agentes
de instrução. Ferramentas do usuário são softwares
aplicativos padronizados que o estudante utilizará no contexto do
aprendizado (editores de texto e gráfico, planilhas, etc). Agentes
de instrução são programas capazes de fornecer orientação
para os estudantes ao usarem as ferramentas acima citadas.
P1484.10 CBT Interchange Language Working Group
Tem por objetivo:
P1484.13 Student Identifier Study Group
O escopo deste grupo não
se encontra disponível até a presente data. A seguinte mensagem
é apresentada: "The scope of this proposed standard will be posted
here soon".
O P1484.1 Architecture and Reference Model Working Group propõe um Modelo de Referência em termos de hierarquia de níveis abstratos de arquitetura, assim a utilização deste modelo é possível no desenvolvimento e na organização da arquitetura de softwares aplicativos na área educacional.
O tratamento dos níveis como categorias distintas mostra que conceitos dentro de cada um dos níveis são separados de outros pertencentes a outras camadas. Portanto, fica claro a necessidade do tratamento das tarefas de cada nível de maneira independente dos outros. Em resumo, um padrão construído com um conjunto de camadas faz com que cada uma delas seja bem conhecida, recebendo, dessa maneira um tratamento que dever ser particularizado.
Cada nível tem um conjunto de conceitos e funcionalidades que devem estar presentes no projeto e no processo de padronização. Ao usar a abstração hierárquica como linha mestra para esse desenvolvimento, as tarefas devem ser tratadas distintamente, sendo separadas mais claramente (onde começam e onde terminam), incrementando a sinergia com outros padrões organizados hierarquicamente e aumentando o reuso. o que resulta em um padrão mais claro e modular.
O Modelo de Referência
e os seus níveis são apresentados no esquema a seguir:
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Modelo de Aplicação: descreve o domínio
(a área) da aplicação.
Áreas de aplicação
ou domínio incorporam a maneira de como fazer as tarefas e a maneira
pela qual os conceitos devem ser compreendidos. Os conceitos, habilidades,
o caminho do aprendizado e do pensamento, que são conhecidos pelos
profissionais da área de educação, deveriam ser também
do conhecimento dos desenvolvedores destes sistemas, de modo que estes
conceitos pudessem ser utilizados no desenvolvimento dos sistemas
envolvidos com o aprendizado através do computador. Não se
pode esquecer que o objetivo educacional em questão deverá
estar bem definido e entendido por todas as partes envolvidas no processo.
A padronização nesse nível deve possuir definições do material de ensino, do estilo de ensino, do professor e da interação dos padrões utilizados. Esta camada deve guiar e fornecer material para padrões das outras áreas, isto é, as idéias podem fornecer a base para as técnicas de automação do material.
Modelo de Sistema Abstrato: descreve a percepção
do usuário e o modelo conceitual do sistema.
Tem dois aspectos: Modelo
de Interação (descreve a aparência e as características
de interação do sistema) e o Modelo Conceitual (incorpora
as funcionalidades do sistema).
O ser humano interage diretamente
com o mundo através da sua percepção (os seus sentidos)
e indiretamente pelo modelo conceitual que cria. O Modelo de Sistema Abstrato
descreve a conceitução e a percepção do usuário
em relação aos sistemas, definindo suas funções,
suas características e tudo que afeta quem o estiver utilizando.
Conforme já foi colocado acima, este modelo é dividido em duas partes distintas:
Modelo de Implementação Abstrata: descreve a estrutura da implementação, a arquitetura dos elementos e a comunicação entre eles.
O Modelo Conceitual fornece o conteúdo das interações (funcionalidades) entre os usuários e os elementos do Modelo de Implementação Abstrata, já o Modelo de Interação fornece o significado destas interações.
Nesse nível a comunicação
é a mola mestra do reuso e da interoperabilidade, especificamente
o uso de protocolos padronizados facilitam a troca, a adição
e o reuso de componentes.
Modelo de Recursos: descreve os recursos empregados no sistema de acordo com o item anterior.
Nesse nível são levadas em consideração a implementação e a performance (arquitetura e projeto) em um nível abstrato. O sistema é descrito em termos dos recursos usados e suas características, incluindo a performance de hardware e de software implementados, como também as limitações encontradas. Dessa maneira, são descritos os mecanismos necessários para implementar o sistema tendo a estrutura apresentada no Modelo de Implementação Abstrata (cabe o comentário que essa associação é geralmente complexa).
4.) Exemplo
de Modelagem
Modelo da disciplina de
Computação oferecida com o auxílio do computador para
alunos do ciclo básico e que não necessitam de conhecimento
anterior para acompanhá-la. Além das aulas será também
disponibilizado via rede exercícios, trabalhos e avaliações,
sendo necessária, dessa maneira, senha individual para cada um dos
alunos. É importante para a solidificação do aprendizado
que a disciplina apresente exemplos relacionados com o mundo real e tenha
ligação interdisciplinar com as outras do curso. O software
implementado para atender essas especificações será
utilizado em uma aula presencial, mas permitindo que dentro do período
da aula, o aluno possa desenvolver conforme a sua velocidade de aprendizado.
Também deve possuir a possibilidade de comunicação,
via rede, entre professor-aluno e aluno-aluno. O ambiente desenvolvido
deve permitir a utilização do recurso de link para
endereços que tratem sobre o mesmo assunto e que possam ser usados
como referência para estudo complementar.
Modelo de Aplicação: descreve o domínio
(área) da aplicação.
Os itens a seguir são
necessários para a descrição deste modelo:
Nota-se que há diversas vantagens na adoção de um padrão para o modelamento da arquitetura:
Analisando o que foi colocado acima, nota-se a importância e a necessidade da construção de sistemas padronizados, uma vez que é desejável que todos estes sistemas possam se comunicar entre si. Dessa maneira, fica claro que características como reuso, operação independente de plataforma, performance, tempo gasto em projeto, custo, aquisição e retenção do conhecimento pelo alunado, melhoria da qualidade de treinamentos e educação continuada seriam alguns dos pontos que poderiam ser melhor implementados e gerenciados.
Todavia, estudos que tratam desse campo de ação são bastante recentes, o que demonstra ser esta uma área de pesquisa onde muito ainda está por ser produzido para alcançar todas as vantagens expostas acima.
6.) Referências Bibliográficas