IA368F - Tópicos em Engenharia de Computação V

Tecnologias da Infraestrutura de Informação em Ambientes Colaborativos de Ensino

Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação

Padronização: Tendências...

Por Marcio Vieira Soares RA 984331

Ambientação
A palavra chave: Colaboração
Grupos de pesquisa
A Educação Superior nos EUA
A Educação Superior no Brasil
A tendência de padronização de ambientes educacionais
Brasil
Tendências Mundiais
Conclusões


Ambientação

Nos dias atuais, a educação está em um processo de revolução que só encontra paralelo na acontecida no século XVI, com o advento da imprensa criada por Guttemberg. Até aquela época, o acesso às informações ocorria por transmissão verbal entre o povo, e escrita entre a classe erudita a qual tinha acesso aos manuscritos que eram reproduzidos dos clássicos por meio de seus representantes na classe eclesiástica.

Com a revolução industrial (século XIX) e a filosofia de linha de produção implantada por Henry Ford no começo deste século, surgiu a necessidade de se massificar as técnicas de ensino, para a formação de uma mão de obra mais qualificada
não só para a produção, mas visando, também, o incremento do consumo para viabilização da economia de escala.

Surge, daí, o ensino da forma como conhecemos hoje. Escolas que, filosoficamente, estão envoltas num compromisso social da "fabricação" de uma massa consumidora de informação. A sobrevivência no mercado de trabalho está, hoje, diretamente relacionada com o acesso à informação, com o treinamento continuado, com a atualização e reciclagem dos conhecimentos.

O fenômeno da globalização está alterando radicalmente todos os ambientes e nichos de mercado. Artigos industrializados fabricados no Oriente começam a dominar o mercado Ocidental, as tecnologias industriais,  antes restritas a alguns países mais economicamente desenvolvidos, começam a ser disseminadas pelo mundo. Mercados como o da informação deixam de ser locais, para atingir escala global. O nível da competição não obedecem mais as  fronteiras geográficas: CNN está aqui, Rede Globo já está por lá...

E a Educação, como vai?  O ambiente educacional, a sala de aulas, o professor, giz, suor e saliva estão agora enfrentando adversários que surgiram como companheiros: os computadores e outras mídias. Algumas experiências de educação à distância, antes restritas aos chamados cursos por correspondência, tem sido estabelecidas até com sucesso, utilizando-se das novas mídias eletrônicas. O chamado TeleCurso, apresentado na televisão brasileira é um bom exemplo disso. O advento da Internet, aliado à "popularização" da informática, nos permite a alteração da velocidade de interação no conceito de curso por correspondência, e mesmo novos conceitos em educação à distância. A simulação do ambiente "sala de aulas virtual" pode ser um exemplo do caminho a ser seguido. Em nível de Brasil, poucas tentativas tem sido feitas de implantação dessa nova ferramenta de ensino-aprendizagem, e mais raras ainda tem  logrado algum êxito. Um dos motivos disso está na falta de uma unidade de esforços neste sentido, principalmente devido a inexistência de uma padronização das formas de utilização destas tecnologias.

Este trabalho se propõe a mostrar as linhas de tendência do uso dessas técnicas e comunicar alguns esforços feitos no sentido de se estabelecer normas de padronização deste ambiente, obtidos por meio de pesquisas na Internet.
 
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A palavra chave: Colaboração

O meio acadêmico, apesar de ser até pouco tempo o grande responsável pelas mudanças no País, tem sido bastante conservador quando se fala em conhecimento, ensino-aprendizagem, etc., sob o enfoque de novas mídias. Parte se deve à possibilidade de perda da "reserva de mercado" envolvida neste assunto, parte pela resistência à perda de poder correspondente, parte, ainda, relacionada com o chamado "complexo de Frankenstein" citado e explorado pelos autores de ficção científica, em particular de Isaac Asimov na sua série de livros sobre robôs.

As técnicas de ensino-aprendizagem mais atuais, levam ainda em consideração o ambiente sala de aulas como o paradigma fundamental para sua execução. Ensino baseado em trabalho em grupo, avaliação contínua, e outras técnicas, quase todas baseadas em aulas de corpo presente com ou sem uso de aparelhos intermediadores, são as formas que se crêem estarem corretamente adequadas para o nosso tempo. A introdução de computadores nas diversas disciplinas ainda estão sendo tidas como modernização, porém apenas como ferramenta tal qual o papel, lápis, caneta, quadro negro, giz, saliva...

As experiências com cursos à distância, ainda são vistas em muitas áreas com descrédito e preconceitos. Podem ser viáveis apenas com desenvolvimento de consumo de conhecimento, mas não como desenvolvedores de formação. O processo de aprendizagem assim estruturado, segundo alguns, não permite a "criatividade" inerente ao processo real de ensino-aprendizagem, tornando o sujeito do processo um mero repetidor do conhecimento adquirido. Esta escola defende que só há aprendizagem real em discussões sobre o assunto desenvolvido, e, para tal, nenhum ambiente substitui a sala de aulas presencial.

Outra escola defende o uso da tecnologia como elemento de fundamental importância para o futuro do ensino. Nela, o computador e outras mídias eletrônicas tendem a assumir um papel preponderante no futuro do ambiente educacional. Para tal, deverá haver uma mudança muito grande no papel de todos os atores envolvidos: professores, instrutores, alunos, monitores, etc.

A importância aí pode ser sentida pela disposição, em nível governamental, do vice-presidente Norte-Americano Gore e do presidente Clinton, relacionada com a criação dos GII - Global Information Infrastructure, NLII - National Learning Infrastructure Initiative - e do consórcio EDUCOM como pode ser visto nos artigos:
 
1

THE NLII VISION: IMPLICATIONS FOR SYSTEMS AND STATES by Carol A. Twigg and Robert C. Heterick, Jr.

2

The Need For A National Learning Infrastructure by Carol A. Twigg

3
Perspectives on the Global Information Infrastructure  
 
4

The Public Policy Implications of a Global Learning Infrastructure By Robert C. Heterick, Jr., James R. Mingle, and Carol A. Twigg

5

Using Information Technology to Enhance Academic Productivity By William F. Massy and Robert Zemsky

6
relatório  Program for Advanced Information Infrastructure - Ministry of International Trade and Industry May 1994  
 
7
The Virtual University by Carol A. Twigg e Diana G. Oblinger  - Educom - 1996 
 
8
Perspectives on the Global Information Infrastructure 
 
9
The Tao of IETF 
10
 

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 Grupos de pesquisa

 São dez os grupos do IEEE Computer Society trabalhando no assunto, baseados nas seguintes Linhas de Pesquisa:
Maiores informações ver:
Padronização - Estudo de caso
Arquitetura e modelos de referência 
Modelo de aprendizado
Glossário 
Modelos de tarefas 
Gerenciamento de seção 
Ferramentas/Agentes de comunicação 
CBT - Treinamento baseado em computador 
Instrução gerenciada por computador 
Objetos de aprendizado 
Identificação do estudante
 
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A Educação Superior nos EUA

Dados estatísticos americanos nos mostram que, por volta do início do século, 232.000 estudantes, menos de 1% da população americana, freqüentava faculdade. Por volta do final da Segunda Grande Guerra, este número cresceu cerca de 6 a 7 vezes, atingindo 1,4 milhões, na década de 60 cerca de 3,2 milhões e hoje atingindo cerca de 13 milhões, de onde se tira que cerca de 10% da população americana está cursando faculdade. [2]

Uma série de mudanças estão acontecendo no perfil do estudante americano. O aluno médio, que era estudante "full time", residia no campus, tinha idade na faixa de 18 a 22 anos, sexo masculino, representa hoje menos de 25% dos universitários americanos. Cerca de 43% estão abaixo de 25 anos. A maior parte do alunado é, portanto, composto de adultos, que cursam a universidade como "part time", não residentes, e com uma visão mais apurada do que desejam do ensino superior. Este novo perfil  de estudante tem um objetivo mais claro como cliente dos provedores de ensino superior, procuram mais qualidade e competividade entre as instituições, buscando vantagens pessoais desta competição. O alunado é bastante heterogêneo em idade (43% abaixo dos 25 anos), sexo (55% do alunado é do sexo feminino), etnia (1 aluno em cada 6 é não branco), e meios econômicos (existem estudantes de todas as classes sociais). [2]

Outro reforço desta característica, está nas referências da American Society for Training and Development que estima que, ao redor do ano 2000, cerca de 75% da força de trabalho precisará de retreinamento. Isto vem a reforçar, também, a necessidade da mudança filosófica da educação superior: do "O que vamos ensinar?" para o "O que os alunos precisam aprender?", e da criação da cultura da Educação Continuada. [2]

Mudanças, também, estão acontecendo no ambiente de aprendizado, no "Onde os alunos aprendem?". Este ambiente já não está restrito à sala de aulas, está acontecendo nos ambientes de trabalho, dos escritórios ao chão de fábrica aos conveses de submarinos submersos, em centros comerciais, em quartos de hotel e em casa. Apoiado pela tecnologia de informação, o ambiente de aprendizado deixa hoje de ser centralizado em um campus, passando a ser estendido a locais distantes pela cidade, estado, país e, quiçá, pelo mundo. Exemplo desta penetração pode ser encontrado pela presença de cursos tipo MBA (Master of Business Administration) oferecidos em anúncios veiculados pela Folha de São Paulo, todo Domingo.
 
 
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A Educação Superior no Brasil
Apesar da falta de dados numéricos confiáveis, as mudanças acontecidas nos EUA, principalmente nos últimos anos, pode ser sentida no Brasil. Alguns manifestos presentes nos congressos relativos a Ensino, ensino de engenharia, pedagogia, e nas leis das diretrizes e bases da educação mostram estas preocupações.

No Brasil, o ensino é dividido basicamente em fundamental, médio  e superior, onde, no primeiro, com oito anos de duração, existem diferenças entre os quatro primeiros anos cuja finalidade é a alfabetização, o conhecimento básico de aritmética, e um conjunto de informações conhecidas como "conhecimentos gerais", e, os quatro seguintes onde se busca, ainda, uma formação geral, porém já com a entrada de divisões destas áreas, buscando uma especialização do conhecimento. Neste ponto o aluno já é forçado a subdividir o seu conhecimento entre História e Geografia, Línguas (pátria e estrangeira),  Matemática (concentrada em Álgebra) e Ciências, que, apesar de agrupada sob um único nome, costuma ter seu ensino dividido de acordo com a série. No ensino médio, são efetuadas subdivisões destas áreas, buscando uma maior especialização do conhecimento,  com as ciências sendo divididas em Química, Física e Biologia. Neste ponto, o aluno já é levado a optar pela sua futura formação profissional entre as grandes áreas acima citadas, e, geralmente, o faz não por conhecimento real da atuação deste ou daquele profissional, mas sim pela maior ou menor afinidade com aquela área do conhecimento e, ainda, por aquela ser a profissão da moda.

Os cursos universitários (o ensino superior) são, por sua forma padrão, estruturados por meio de disciplinas, cada qual com seu conteúdo, exigindo que o estudante, ao final do seu curso, consiga fazer a integração dos diversos conteúdos, praticamente por si só. Como, durante todo o seu aprendizado, em todos os níveis, ele não foi treinado para tal, o estudante tem enorme dificuldade para realizar este intento. Além disso, principalmente nos primeiros anos, pela falta de conhecimento prévio,  pelo imediatismo próprio de sua idade, não costuma ver a necessidade da formação básica para seu futuro profissional.

Outra proposta, contida na própria Lei das Diretrizes e Bases (LDB) nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996, é que seja preparado o profissional para o seu estudo continuado, situação esta não bem compreendida pelo aluno, que acredita piamente que a função da escola é ensiná-lo tudo aquilo que utilizará em sua vida profissional. A evolução tecnológica obriga, por sua vez, a reciclagem (Turn Over) de conhecimentos profissionais, varias vezes durante a carreira. O "aprender a estudar"  que deveria ser o principal norteamento do aluno para seu estudo continuado, é, geralmente, adiado até a universidade em nosso País, daí a importância da integralização do conhecimento neste nível. (extraído do paper apresentado ao ICEE-98 - International Conference on Engeneering Education com o título: "Interdisciplinaries Activities as a Factor of Integrating Knowledge in a Engeneering Course" - por Soares, M.V. e Lauria, D. a se realizar no Rio de Janeiro em Agosto de 98)

Nos congressos da COBENGE, entidade representativa no Brasil das instituições ligadas ao ensino de Engenharia, são vários os artigos relacionados com estes tópicos, o ensino e as mudanças (Projeto REENGE a reengenharia do ensino de Engenharia)  como pode ser exemplificado pelos artigos agrupados sob os temas: Avaliação e reestruturação do Ensino; Processo Ensino-Aprendizagem; perfil Profissional dos Futuros Engenheiros; Função e Papel do Docente; experiências consolidadas: Integração Universidade-Empresa; Transferência de Tecnologia; Escola do Futuro; Novas Metodologias de Ensino; Educação Continuada; Informática no Ensino de Engenharia; que foram os sub-temas do XXIV Cobenge, ocorrido em Manaus - AM  em 1996.  O XXV Cobenge, ocorrido em Salvador, BA no campus da UFBA em 1997 - tinha ainda temas correlatos, assim como o XXVI Cobenge, a acontecer em Outubro/98 no campus da Universidade São Judas, com o tema central:

A Dinâmica do Ensino de Engenharia

Sub-temas:
Avaliação como Instrumento de Otimização no Processo de Ensino de Engenharia;
O Ensino de Engenharia e a Sociedade;
Diretrizes Curriculares, Formação Mínima e o Ensino Continuado de Engenharia;
Experiências Consolidadas no Ensino de Engenharia;
Parceria Universidade - Empresa;
Universidade Virtual;
O Ensino de Engenharia e o Mercado Mundial.
 

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A tendência de padronização de ambientes educacionais

No exterior, são vários os grupos que buscam estudar e estabelecer normas para a padronização de ambientes educacionais. Os grupos mais conhecidos estão no IEEE, citados na tabela I, cujos interesses estão descritos na página Padronização - Estudo de Caso, criadas por Ricardo Concilio, neste mesmo site. Para maiores informações, use o link acima.

Existem grupos em outras entidades, também ligadas ao assunto. ANSI, IETF, IS, CEN, EDUCOM, AACE, ACM e outros

 
 

Introdução
A IETF é o principal mecanismo de discussão, concepção, homologação e implantação de padrões na Internet. Sua missão inclui:

A primeira reunião da IETF ocorreu em janeiro de 1986, com 15 participantes. As reuniões mais recentes têm atraído centenas de participantes dentre os quais cerca de um-terço são participantes de primeira viagem.

Atualmente, a IETF se subordina, através da IAB (Internet Architecture Board), à Internet Society, embora a relação seja bastante remota. A IETF é coordenada por um board denominado IESG (Internet Engineering Steering Group), encarregado de manter e operar a "burocracia" de condução de atividades e de deliberação sobre propostas de padrões.
 

A IETF é organizada em Áreas e cada área é organizada em Grupos de Trabalho, compondo uma estrutura razoavelmente dinâmica. Atualmente, há nove áreas ativas e, no total, cerca de cinquenta grupos de trabalho. A amplitude de atuação é portanto considerável.
 
Relação com o GT-ER
Nem todos os temas que estão sendo tratados pela IETF hoje tem importância imediata para o GT-ER, que endereça a situação brasileira em redes.

O GT-ER adota estrutura bastante similar, à primeira vista, à da IETF. Do ponto de vista de temas, a atual proposta de atuação do GT-ER é claramente mais próxima à da IETF de 1990/1991 do que deste ano.
 

Mas é evidente que a relação do GT com os trabalhos da IETF é direta, no passado, presente ou futuro: é improvável que o GT-ER se depare com algum problema que não tenha sido (ou esteja sendo) considerado no âmbito da IETF.
 

Participação
A participação nas atividades da IETF é aberta a qualquer interessado individual, sem qualquer vinculação com instituições, físicas, etc.
Cada área/grupo de trabalho tem seu coordenador e uma lista de discussão. Aos interessados, basta se inscrever, sem maiores formalidades.

É importante ressaltar que a IETF não é para neófitos e curiosos leigos. É claramente uma confraria de iniciados, e suas reuniões são extremamentes objetivas e técnicas.
 
Endereços

 
 
 
 
Parte do consórcio Educom, relativa ao projeto de gerenciamento de sistemas de instrução, montado com participação de organizações acadêmicas, comerciais e governamentais, com fins de desenvolvimento de especificações e protótipos de software para facilitar o crescimento e a viabilidade do aprendizado distribuído na Internet. O link a seguir permite a busca ao site do IMS, na página  onde  a Versão  .5 da especificação ( Specification) está disponível para  download. O prototipo do sistema de gerenciamento IMS também está disponível para download ou teste online (use o user name "guest" e o  password "guest").
Learning Technology Standards Committee (LTSC)(P1484)
--Developing Technical Standards for Learning Technology--
 
 
 
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Brasil

Preocupação no Brasil pode ser sentida através dos congressos ligados à Educação
Escola do Futuro - USP
LITE - Unicamp - lite.fae.unicamp.br
UFSC - Universidade de Santa Catarina
PUC-Rio
PUC-Campinas
UFBA Faculdade de Comunicação FACOM
Comitê Gestor da Internet Brasil. GT-EAD - Grupo Temático em Educação à Distância - grupo ligado à Universidade de Brasília UnB
Faculdades Anhembi-Morumbi (http://www.anhembi.br/fam/cursos/)
 

UFSC - Universidade de Santa Catarina - http://uvirtual.eps.ufsc.br/

A Pós-Graduação a Distância surgiu da necessidade de integrar a Universidade ao setor produtivo e de atender a crescente demanda de formação e qualificação profissional. Atualmente, o PPGEP oferece cursos de mestrado a distância, através de videoconferência e Internet. Esta tecnologia permite aos profissionais, de qualquer parte do país, cursarem a pós-graduação dentro da próprio ambiente de trabalho. Uma estratégia que vem ampliando o número de alunos atendidos em empresas, universidades e em outras instituições que fazem parte do Programa. A experiência, iniciada em setembro de 1996, exigiu de nossos pesquisadores a criação de um novo modelo de ensino, que concilia o uso das mídias tradicionais à utilização das mais modernas tecnologias de comunicação e informação.

Os cursos do Programa Pós-Graduação a Distância oferecem as mesmas disciplinas do mestrado que acontece no campus da UFSC. Mas toda a análise, aplicação de metodologia científica e solução de problemas estão voltadas para área de atuação da empresa. O aluno aperfeiçoa seus conhecimentos com base na própria realidade vivenciada por ele. As aulas por videoconferência são geradas em um estúdio do Laboratório de Ensino a Distância do PPGEP e transmitidas às salas virtuais, especialmente equipadas para a comunicação simultânea entre professor e alunos. Via Internet, eles realizam outras atividades pedagógicas orientadas pelo professor.

Modelo de Ensino:

O modelo de ensino do Programa de Pós-Graduação a Distância da UFSC baseia-se no estimulo do aprendizado cooperativo/colaborativo, na auto-aprendizagem e na interação eficaz entre alunos e professores. A dinâmica das aulas tem como suporte o uso da videoconferência, com a complementação das atividades via Internet. Fitas VHS e materiais impressos são enviados pelo correio. Este conjunto de serviços multimídia, garante a integração entre os participantes,, o acesso ao material didático e a freqüente realização de atividades pedagógicas individuais ou em grupo.
 

Puc-Rio: A AulaNet    Um exemplo de aplicação de curso virtual apresentado no site da Puc-Rio
Tecnologias de Informação Aplicadas à Educação Carlos J. P. Lucena & Hugo Fuks
1) Groupware
2) Comunicação Digital
3) Conceituação de Instrução baseada na Web (IBW)
4) IBW e a Sala de Aula Tradicional
5) Learningware
6) Ensinando e Aprendendo com IBW
7) O papel do facilitador em IBW e conceitos úteis sobre aprendizagem
8) Mulitimídia Interativa e IBW: Semelhanças e Diferenças
9) O Design de Cursos para IBW
10) As funcionalidades de Ambientes para IBW
11) O framework para suporte à Educação no Projeto Internet 2
12) Implantando IBW
13) Comunidades de Conhecimento

Aulas Complementares
I - Rio Internet TV
II - Quest - Avaliação no AulaNet
III - CLEW - Um Ambiente para Aprendizado Cooperativo para a Web
IV - Criando Cursos no AulaNet
V - Assistindo Cursos no AulaNet
VI - Gerência de Conhecimento
VII - Certificação Digital
 
 

 
Alguns links do Yahoo relacionados com o assunto, exemplos de educação à distância, etc., podem ser encontrados em:
http://www.yahoo.com/Education/
http://www.yahoo.com/Education/Distance_Learning/
http://www.yahoo.com/Education/Instructional_Technology/Online_Teaching_and_Learning/
 e seus endereços derivados.
 
 
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Tendências Mundiais:

Discutindo o Futuro

 Mesa redonda entre Educom e IBM® realizada em fins de 1996
 Assunto: NLII
 

O Futuro

 

 Metas para 2007, acordadas no encontro Educom-IBM:

As metas acima citadas, nos mostra que o caminho considerado  mais viável para fins de uma infra-estrutura de educação, passa por uma mudança do modelo educacional existente. Uma sinalização de mudança está na entrada de novos provedores de ensino-aprendizagem com a criação de estruturas de treinamento por indústrias e outras empresas, antes puras consumidoras de mão de obra treinada pelas universidades, estão agora treinando seus funcionários para obter o perfil desejado em seu staff. Os programas atingem desde auxiliares braçais até mesmo o nível de trainées de gerência.

Outra característica prevista é a existência de grande pressão a ser exercida sobre as instituições educacionais, por outras instituições educacionais de uma mesma área, antes não concorrentes diretas na clientela (alunado), seja por motivos geográficos, seja por motivos de horários, instalações, corpo docente, etc., devido ao desenvolvimento da tecnologia de informação. O desenvolvimento dessas tecnologias possibilitará que instituições educacionais espalhadas por todo o mundo concorram entre si pelo privilégio da clientela.

 Ecos destas mudanças já aparecem no Brasil, com os projetos REENGE, Engenheiro 2001, e outros. Acima foram mostrados links para alguns sites de diferentes escolas no Brasil que já despertaram para as possibilidades envolvidas, porém são, ainda, tentativas isoladas sem que haja movimentação nacional para se tentar buscar padrões para esta tecnologia.
 

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Conclusões

Mais uma vez na história humana se criam situações para o modelo "Torre de Babel". A falta de uma padronização já é sentida nas experiências que pudemos localizar via Internet. A importância do modelo de ensino à distância mediado por computador, como um dos caminhos para suprir a demanda sempre crescente pela formação, é sabida no meio educacional, apesar de que uma parte significativa deste meio é altamente refratária a este modelo.
 
A adoção de programas de educação à distância intermediadas por computador nos permite enumerar algumas vantagens: No entanto, alguns problemas poderão ser enfrentados: O assunto está aberto para discussões. Todos os envolvidos no processo devem gerar um processo de "brainstorming" para se buscar formas criativas de se estabelecer um padrão de suporte ao sistema. No exterior algumas iniciativas já estão sendo feitas nesse sentido, e, no caso do Brasil se omitir as conseqüências para nosso sistema educacional poderão ser terríveis. A dependência de padrões externos e a concorrência com outras instituições de ensino de outros países poderão atrasar ainda mais nosso desenvolvimento pela negação das próprias raízes. O ensino brasileiro, que já foi muito bem considerado no exterior no passado, já sofreu um processo de degradação nos últimos anos devido a algumas mudanças na sua orientação, que veio agravar nossa dependência externa.

Estamos hoje fragilizados em nosso sistema educacional, e numa época na qual a crise é global. Sabemos bem que é justamente nas crises que temos as melhores chances de desenvolvimento, e esta agora deve ser encarada de forma a possibilitarmos o retorno de um grande sistema educacional para as gerações futuras. Material humano com qualidade ainda possuímos, o momento político é propício, economicamente estamos nos viabilizando: a hora é esta!

A privatização do sistema de telecomunicações poderia ser utilizada para gerar a infra-estrutura necessária: cláusulas poderiam ser  incluídas para que parte dos investimentos das empresas que fossem assumir o sistema de telecomunicações fosse obrigatoriamente para a criação desta infra-estrutura. Satélites deverão ser lançados para a evolução do sistema de telecomunicações, estes poderiam ter canais para servir de base para uma rede nacional de suporte ao ensino. Os custos de aquisição de material de informática está caindo e a capacidade de processamento aumentando, ainda com uma velocidade assustadora. A tecnologia de informação está em franca evolução.

Para pensar mais profundamente:

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