------------------------------------------------------------------------ Tópicos em Engenharia de Computação V Infra-estruturas da informação - relatório parcial - grupo GI ------------------------------------------------------------------------ Grupo GI: Maria Angélica Calixto de A. Cardieri R.A.: 819815 Armando Luiz Nicolini Delgado R.A.: 845253 Silvio Roberto Medeiros Evangelista R.A.: 875647 Christian Medeiros Adriano R.A.: 931594 Carlos Augusto Fernandes Dagnone R.A.: 932034 (Relator) Valmir Tadeu Fernandes R.A.: 946211 Adriana Delfino dos Santos R.A.: 958105 Antonio Tadeu Maffeis R.A.: 973529 Marcio Vieira Soares R.A.: 984331 ------------------------------------------------------------------------ Sumário 1 - Tema para plenária 2 - Considerações sobre a implantação da BII 3 - As contribuições da comunidade IA368F ------------------------------------------------------------------------ 1 - Tema para plenária Nas discussões iniciais sobre este tema, um dos grupos questiona a implantação de infra-estruturas da informação, "considerando um país do terceiro mundo, onde nem as condições básicas, como moradia, alimentação, saúde e educação foram conseguidas para a maioria da população." 1 - Analise possíveis benefícios sociais que a implantação de uma BII (Brazilian Information Infrastructure) poderia trazer ao país. A partir desta análise, defina e defenda uma posição em relação à aplicação de recursos públicos para a implantação da BII. 2 - Apresente potenciais contribuições concretas que os especialistas em infra-estruturas da informação da comunidade IA368F poderão fornecer para a implantação da BII. 2 - Considerações sobre a implantação da BII A BII pode ser entendida como uma maneira de organizar e disponibilizar dados de interesse geral e informações mais restritas, porém relevantes a determinados serviços, facilitando a integração da sociedade brasileira. Equivalente, em sua filosofia, à NII (National Information Infrastructure) norte-americana, a BII tem uma importância que pode ser justificada pelas facilidades que seu uso trará em se tratando de informações que hoje estão dispersas e/ou desatualizadas. Basicamente, temos três áreas nas quais a BII mostrará sua versatilidade: - Saúde: Um dos principais problemas que a saúde pública enfrenta hoje são, além do descaso do governo, as dificuldades encontradas nas comunicações entre hospitais a respeito de pacientes transferidos. Um sistema de consulta baseado na filosofia BII eliminaria estas limitações, colocando ao alcance dos médicos informações importantes e de maneira imediata sobre as condições de um paciente, seus tratamentos anteriores e suas passagens por outros hospitais. Ainda poderia uma "ficha eletrônica" conter dados sobre medicamentos recomendados (ou ainda não utilizados), reações observadas e demais prognósticos. Disponibilidade de remédios (consulta à farmácia do hospital), de médicos de plantão e de ambulâncias disponíveis são mais alguns itens que podem ser acrescentados às facilidades trazidas pela implantação da BII ao sistema de saúde nacional. - Educação: a maior parte do curso IA368 prestou-se à discussão de como ambientes colaborativos de ensino poderiam se beneficiar das atuais tecnologias de infra-estrurura de informação. Ferramentas como os protocolos HTML e XML, as linguagens Java e seus recursos (Applets, Servlets e Castanet) e vários outros tópicos foram vistos de uma maneira geral, permitindo assim, a elaboração de sistemas educacionais eficientes. Tais sistemas poderiam fazer parte do elenco de serviços da BII, consistindo numa parcela importante deste setor: o ensino e o treinamento à distância. Por outro lado, as consultas à "bibliotecas virtuais", às obras literárias on-line, aos artigos espalhados por diversos sites dedicados e, também, a possibilidade da publicação de resultados de pesquisas, conferências e debates para o público seria uma outra "fatia" deste filão. - Serviços públicos de informação: extremamente importante é que o brasileiro saiba do que acontece no cenário político atual. Afinal de contas, é (ou deveria ser) através dos nossos representantes nas Câmaras e Senado que o governo decide pelas reivindicações da população. Tornar acessível a todos o andamento das votações dos projetos de lei, as contas da União, os processos penais e demais dados públicos aos quais temos o direito de conhecer, será possível ter maior controle sobre o que nossos políticos estão realmente fazendo e, portanto, maior poder de cobrança (o ideal seria isso...). Ainda neste item, outras informações como dados meteorológicos e climatológicos (fornecidos, por exemplo, pelo INPE), dados sobre agricultura, pecuária (por exemplo, preço da arroba do boi) e dados ecônomicos em geral (inflação, preço do dólar, taxas de juros) poderiam estar abertos à consulta diariamente, centralizando, num só meio, o acesso aos interessados. Metodologia de implantação: a BII é um orgão de interesse nacional. Por isso, o governo deveria facilitar, através de um consórcio com a iniciativa privada, a criação de todas as bases para que a BII viesse a se efetivar. Entidades do governo como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) poderiam auxiliar empresas particulares com um fundo a ser restituído em parcelas e caberia a estas empresas determinar os parâmetros, formatos e padronizações da BII, em comum acordo com o governo federal. 3 - As contribuições da comunidade IA368F A comunidade IA368F desenvolveu, durante o primeiro semestre de 1998, um trabalho conjunto de estudo de tecnologias e implementações de sistemas colaborativos à distância. Por isso, através de uma consultoria, seria possível o detalhamento e esquematização de uma primeira versão da BII, a ser submetida à aprovação. Pode-se adiantar que a filosofia NII contribuiria para este projeto. Maiores detalhes poderão ser encontrados no relatório final deste assunto.