Grupo G1
Em Direção às Infra-estruturas da Informação
Grupo G1
Adriana Delfino dos Santos
Ivan Granja
João Carlos Orosz (relator)
José Estevão Picarelli (relator)
Sumário
2 - 1º Princípio da Educação e Aprendizado Continuado da NII
5 - Tecnologias e o 1º Princípio
Referências bibliográficas
Este trabalho analisa o primeiro princípio do item Educação e Aprendizado Continuado do Primeiro Relatório do National Information Infrastructure (NII)[1], segundo as tecnologias estudadas no curso IA368.
2 - 1º Princípio da Educação e Aprendizado Continuado da NII
"O NII deverá aumentar a aptidão de cada indivíduo para criar, compartilhar e participar da comunidade educacional eletrônica, disponibilizando a pessoas de todas as idades as oportunidades para o aprendizado continuado e para o desenvolvimento de suas habilidades profissionais"
Entendemos, que o espírito que norteia este princípio objetiva dotar a infraestrutura da tecnologia de informação com as mesmas características que foram incorporadas a outras tecnologias que visam o bem comum. O acesso as telecomunicações e a energia elétrica, por exemplo, é direito a todo cidadão, estão aí considerados princípios democráticos, economia de escala, facilidade de uso, segurança e outros enfim socialmente éticos.
Durante o curso, estudamos tecnologias para desenvolvimento de aplicações, exemplificadas na área de Educação, no ambiente da Web (distribuído, cliente/servidor, colaborativo e hipermídia).
Abaixo relacionamos as tecnologias estudadas e uma análise de sua contribuição para a validade do princípio.
5 - Tecnologias e o 1º Princípio
5.1 - Hipermídia
Entendemos que, conceitualmente, a hipermídia, descrita por Halasz, atende ao princípio no aspecto de facilitar o aprendizado humano devido à estrutura não linear de organização (hiperlinks) e a natureza multimídia (som, video, animação, etc…) da informação [2]. Porém, o grupo concluiu que na prática não atende plenamente, devido à forma como hipermídia está implementada na WWW hoje:
5.2 - CSCW
Segundo nossa análise, CSCW atende ao princípio pois as tecnologias de groupware [3] que estão sendo desenvolvidas sob essa égide, serão as que efetivamente possibilitarão o compartilhamento na produção e o consumo da informação. Isto permitirá a existência efetiva de comunidades eletrônicas democráticas. Por exemplo, uma pessoa participando de um curso poderá interagir com seus colegas, professores ou mesmo com o material disponível.
5.3 - XML/HTML
Nos moldes atuais, os recursos de interface homem-máquina oferecidos pela linguagem de marcação HTML [4] ainda estão aquém das reais necessidades que atendam os mais diversos tipos de usuários, por exemplo crianças, idosos e usuários não especializados em informática. Nos dias atuais conseguimos implementar caixas de combinação, caixas de listas, etc.., quando seria mais interessante interfaces mais lúdicas, auto-explicativas, enfim com maior grau de usabilidade e flexibilidade de implementação; portanto, julgamos que as interfaces hoje disponíveis atendem em parte às necessidades requeridas pelo princípio.
5.4 - Protocolos HTTP/ HTTP-P/ DAE
O protocolo padrão de facto atualmente utilizado na WEB (HTTP e suas extensões) [5], não pode oferecer toda a infra-estrutura de comunicação exigida pelo princípio discutido. Por exemplo, o desenvolvimento de aplicações mais sofisticadas que exigem manutenção de estado da sessão e da aplicação, segurança e muito acesso ao servidor, atualmente utiliza a combinação de vários mecanismos para contornar a ausência de recursos no protocolo para estes fins, mas isto ainda é limitado. A universalização de acesso, segurança e comunicação, em tese requeridas pelo princípio, requer a utilização de novos protocolos de comunicação, como por exemplo ATM.
5.5 - CGI scripts/Servlets/Castanet
Para atender ao princípio, a interação homem-máquina e a interação cliente-servidor é de fundamental importância. Considerando os patamares tecnológicos atuais, aplicações que exigem baixo tempo de resposta e que sobrecarregam o servidor, podem ser bem atendidas usando-se soluções como Servlets e Castanet [6]. Em contrapartida, o uso de CGI [6] é mais indicado em aplicações em que o volume de transações é baixo e com baixa sobrecarga no servidor. Como exemplo da primeira situação, podemos citar as aplicações orientadas para crianças exigem tempo de resposta baixíssimo (em torno de 2s).
5.6 - Java/CORBA
Interoperabilidade [7] é fundamental para comunidade eletrônica. Pois como rege o princípio, o ambiente deve ser democrático, onde cada produtor ou consumidor de informação deve ter autonomia e liberdade para utilizar as tecnologias de sua preferência. Julgamos que o padrão CORBA [8] vai ao encontro deste princípio e a linguagem Java também, pois está dentro dos conceitos de sistemas abertos (linguagem portável).
Entendemos que o 1º princípio deve ser abordado como um objetivo ou uma referência ética a ser perseguida a longo prazo no desenvolvimento e implantação de teconologias de informação para infraestrutura ou aplicação na área educacional. Imaginamos que no próximo passo deverão ser estabelecidas metas , discutidas e acordadas em conjunto com a comunidade produtora e usuária dessas tecnologias, indo ao encontro do princípio estabelecido e transformando essas coisas em realidade.
Referências bibliográficas
[1]Common ground: Fundamental principles for the National Information Infrastructure
Report of the National Information Infrastructure Advisory Council
March 1995
[2]Reflections on NoteCards:
Seven issues for the next generation of hypermedia systems
Frank G. Halasz
Communications of the ACM 31(7), pp.836-852, July 1988
[3]Relatório final de CSCW
[4]Relatório final de Formato de documento
[5]Relatório final de Protocolos na Web
[6]Relatório final de Programação na Web
[7]Bridging boundaries: CORBA in perspective
Sean Baker, Vinny Cahill, Paddy Nixon
IEEE Internet Computing, 1(5):52-57, September/October 1997
IEEE Digital Library
[8]Relatório final CORBA/Java